Flor de Lis Branca

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quarta-feira


Predadores Sem-terra derrubam eucaliptos em São Paulo

Na terça-feira, as 600 famílias do MST que ocupam a fazenda Águas do Pilintra, em Agudos, São Paulo, que pertence à cervejaria Ambev, começaram a derrubar os eucaliptos existentes na área . O objetivo, segundo nota divulgada pelo movimento, "é que no lugar sejam plantados alimentos".
A área invadida, chamada de "Acampamento Eldorado dos Carajás", tem 5,4 mil hectares e é utilizada pela empresa para o plantio de eucalipto e cana-de-açúcar, além de utilizar a água do Aqüífero Guarani (a maior reserva subterrânea de água doce do mundo) para a produção de bebidas na fazenda. O MST alega que a propriedade foi considerada improdutiva pelo Incra. Também na terça-feira, a Justiça de São Gabriel (RS) concedeu mandado de reintegração de posse da fazenda Southall, ocupada pelo MST desde segunda. Setecentos integrantes do movimento têm prazo até sexta-feira para desocupar a propriedade. Esta é a segunda vez que a fazenda é invadida. Operação predadores (impunes) em todo o Brasil

Raposa Serra do Sol



Índios exigem "respeito" da Polícia Federal

“Não é só o Lula [presidente da República] que é autoridade. Nós que temos nossa terra também somos autoridade. Queremos respeito.”

As palavras do vice-presidente da Sociedade dos Índios em Defesa de Roraima (Sodiur), o macuxi Sílvio da Silva, são endereçadas aos delegados da Polícia Federal (PF) que coordenam a Operação Upatakon 3, deflagrada para retirar os não-índios da reserva Raposa Serra do Sol. “Eles
[policiais federais] chegaram e já foram entrando nas áreas indígenas sem conversar. Chegaram abusando, querendo assustar”, reclamou Silva. “Lá é nossa área e nós deixa quem nós quer”, acrescentou.

A Sodiur é uma entidade aliada aos arrozeiros e defende a permanência deles na área. “Somos favoráveis que os brancos que estão ali dentro permaneçam trabalhando e com amizade conosco. Eles estão plantando , produzindo e dando emprego”.

O dirigente da Sodiur diz que os índios representados pela entidade não têm armas, apesar de parte deles ter ido reforçar a base de resistência montada pelos moradores e arrozeiros na Vila Surumu. Ele também reclama de abandono por parte da Fundação Nacional do Índio (Funai): “Veja se a Funai tem lavoura, escola ou posto médico lá dentro [da Raposa Serra do Sol] . O governo federal não vem olhar nossa área indígena e nem sabe o que um índio sente ali dentro”.

Ontem, o coordenador-geral da Upatakon 3, delegado Fernando Segóvia, disse que a PF está em Roraima para cumprir a lei e usará todos os meios necessários para desempenhar suas missão: “Se eles [não-índios] não quiserem sair [da Raposa Serra do Sol], infelizmente, teremos que tirá-los de lá.

Agência Brasil